Talvez as diferenças não sejam tão más assim

Existem vários tipos de diferenças: o nosso idioma, a nossa nacionalidade, a nossa cor de pele, de olhos, de cabelo, a nossa sexualidade, a nossa religião, entre outras… E como tudo, ser diferente tem vantagens e desvantagens. Algumas das desvantagens são que as nossas diferenças podem não ser aceites pela sociedade e esta vir a criar um tipo de preconceito.
A nossa cabeça funciona como um computador, se pensar em bem, um computador programado para aceitar a “normalidade” e criticar “a diferença”.
Para o ser humano, o dito “normal” é terem: pele branca, serem altos, magros, héteros, inteligentes, querem que tenhamos os mesmos gostos, pois quem não tiver será criticado.
Crítica, uma palavra muito comum nos dias que correm, agora não podemos dizer nada publicamente que seremos criticados. Seremos criticados por tudo o que fizermos. És diferente? és criticado; usas roupas diferentes dos outros? és criticado; não entras nos padrões de beleza? és criticado; tentas mudar para que a sociedade não te critique mais? És criticado por copiares os outros. Vais ser criticado (a) por tudo o que fizeres, usares ou disseres por isso mais vale fazeres o que gostas (dentro dos limites) usares aquilo com que te sentes confortável, e dizeres o que acreditas.
Na mentalidade de muitas pessoas a diferença é uma coisa má, pois as pessoas cada vez mais tentam ser todas iguais, tentam manter o mesmo estilo, o mesmo palavreado, tentam gostar das mesmas músicas, dos mesmos filmes, etc… Mas a meu ver o individualismo é uma coisa boa, porque se daqui para a frente toda as pessoas forem médicas não vão haver: bombeiros, professores, enfermeiros e todas as profissões que fazem o mundo girar. Albert Einstein, um dos cientistas mais brilhantes da história, não era dito “normal”, desde criança que sofria bullying por ser “esquisito”. Sem diferenças, não teríamos evoluído tanto na tecnologia, medicina, ciência, etc… as invenções de que nós agora usufruímos (internet, telemóveis, computadores, TV, eletricidade, luz, medicamentos, vacinas e mais) existem porque primeiro existiu alguém com uma ideia diferente.
Por isso na minha opinião, se não existissem diferenças o mundo não ia para a frente.

O Olhar da Diana Santos, Sobre as Diferenças

Abril

No meio de toda esta confusão que vivemos, neste tempo particularmente difícil onde se faz história, onde vivemos tempos únicos, celebra-se o dia em que a história do nosso pais também mudou. É dia em que mais uma vez, os nossos fizeram história e fizeram ecoar o nome de Portugal pelo mundo fora, pelo modo como, pacificamente libertaram-nos de anos de opressão! E foi um cravo que ficou o símbolo da nossa revolução, sim! Com uma flor, que associamos ao amor, mudámos o nosso futuro. Pois foi com amor que todos aqueles homens e mulheres que hoje, muito desconhecemos, mudaram o nosso rumo e levaram-nos a uma vitória, uma das mais, senão a mais importante da nossa vida.

A nossa história mudou, e com ela todos nós mudámos também!

Daqui escreve alguém um algo distante de poder ter sentido na pele o dia do 25 de abril, alguém que por mais que tente não consegue imaginar o que os guerreiros daquele dia sentiram e passaram! Mas a esse alguém, hoje cabe não esquecer a luta que foi de todos nós, porque todos beneficiámos e somos fruto daquela luta! Nós que não vivemos naqueles tempos de opressão, temos o dever de não deixar esquecer e de reafirmar os valores pelos quais se lutou. Não podemos deixá-los abandonados ao esquecimento, nem deixar cair todo aquele árduo trabalho por água a baixo!

Hoje, mais do que nunca, temos de continuar na luta, mas hoje é também dia de, essencialmente dizer: OBRIGADO! – E que nunca nos esqueçamos daqueles que lutaram por nós, que deram o seu suor, e que sem saber o que iria acontecer, iam prontos para a batalha, que se revelou determinante nas nossas vidas.

Caridade

Caridade é sairmos de nossa casa, sairmos e largar todas as nossas coisas em busca do próximo, de todo aquele que pede socorro, que pede carinho e atenção, e até daqueles que nada pedem.

Caridade é dar-se por inteiro e sem um propósito pessoal, é exclusivamente pensar no outro, no seu bem-estar e nas suas necessidades! É ouvi-lo, conhecê-lo e abraçá-lo. É a única forma de amar por inteiro.

Não é fácil, mas é essencial, largarmos o nosso conforto e enfrentarmos os nossos medos, enfrentar todas as adversidades: o tempo, a distância, as próprias inseguranças.

Mas nem sempre o que é essencial fazer é fácil! E é por isso mesmo que é tão importante fazê-lo! É urgente largarmos as nossas distrações que nos impedem de olhar para o lado para ver o outro, para senti-lo

 Vejamos São Francisco de Assis que largou todas as suas coisas e distribuiu-as pelos que mais precisavam!

Tal como Malala que enfrentou uma sociedade inteira e lutou em defesa da educação para todas as raparigas

E o maior exemplo de todos, Jesus Cristo, o Deus que se tornou homem e que pela humanidade de ontem, hoje e amanhã sofreu e morreu.

Caridade é lutar por si, mas essencialmente pelos outros!

Um olhar sobre a caridade

O olhar, infelizmente, não se pode desviar da grande preocupação e acontecimento do momento. O novo coronavírus tornou-se uma realidade em Portugal, depois de durante semanas, todos os casos suspeitos não terem passado disso mesmo.

Todos devemos estar a alerta a todos os sinais indicativos de infeção por este vírus, seja em relação a nós próprios ou aos restantes elementos da comunidade. Especialmente durante estes períodos complicados e perigosos para TODOS nós, devemos ter bastante ciente que vivemos em comunidade, com tudo o que isso implica, não nos devemos por isso esquecer que em sociedade, tudo aquilo que faço e todas as decisões que tomo, tem repercussões nos restantes elementos. É altura de deixarmos egoísmos de lado e de ter consciência que o meu comportamento me afeta, e que acima de tudo, afeta-nos.

Que nesta fase tenhamos a consciência de sermos responsáveis e civilizados, evitando trazer aquele que é um dos inimigos destas situações: O pânico e o alarmismo. Ao invés destes elementos, queremos que sobressaia em todos nós o nosso civismo e a nossa solidariedade, porque só com uma consciência comum e trabalho comunitário, conseguiremos fazer face a este e outros surtos. Não vamos esvaziar prateleiras, com compras em quantidades dispensáveis, lembrando sempre que a seguir a nós vem sempre alguém, e quem sabe se esse alguém não precisa realmente desses produtos.

Vamos evitar contactos que não são imprescindíveis, evitar frequentar espaços de grandes aglomerados populacionais. E estas são apenas algumas das medidas, que embora por vezes difíceis, são simples e que podem salvar vidas.

A questão que se impõe é a vida humana, a nossa e a dos outros, porque mesmo que não façamos parte um grupo de maior risco, não deixamos de ser veículo de transporte do vírus.

O último apelo que pretendo deixar com este breve texto, é essencialmente de calma e de confiança. Temos de ouvir as autoridades de saúde, e tentar cumprir ao máximo as suas recomendações, nunca deixando que o medo domine as nossas vidas, mas sim que alerte a nossa consciência para melhores e mais responsáveis comportamentos.

Educadores

Nos últimos tempos temos assistido a um crescente número de notícias relativamente a violência no seio escolar. Estas notícias contribuem para o aumento do sentimento de insegurança, tanto por parte das crianças, como dos pais. Ao facto de tanto ser intolerável a falta de respeito e a violência física por parte dos alunos, e também de pontuais excessos dos professores, é inadmissível o condicionamento que tem havido à classe profissional dos professores.

Já uma velha máxima indicava que mais difícil do que tomar conta e educar os nossos próprios filhos, é tomar conta e ser responsável pelos filhos dos outros. Uma boa parte dos pais e educadores primeiros das crianças transferem a responsabilidade e a obrigação de educar para as escolas e para os profissionais de educação. Contudo, a obrigação de educar é de casa, tendo apenas as escolas o papel, não menos importante, de formação/instrução das crianças e dos jovens.

A educação parte de casa, e se grande parte das crianças não respeitam os próprios educadores e familiares, irão elas respeitar os professores e funcionários? Irão as crianças respeitar os outros quando os próprios pais são os primeiros, por exemplo, a pedir satisfações e a agredir um educador?

Com este meu texto, não quero de todo acusar alguém ou ilibar alguma classe, seja ela a dos pais ou dos educadores, que muitas vezes são desempenhadas pela mesma pessoa. Apenas quero alertar para duas situações, a primeira é de abstenção dos próprios pais de assumirem o seu papel fundamental e insubstituível de educar os seus próprios filhos, e a segunda é a contribuição da sociedade para a crescente perda de autoridade dos professores, o que em nada contribui para o bom ambiente escolar, e para o próprio desenvolvimento pessoal de cada aluno.

O Portugal do Interior

Tipicamente, o mês de agosto é um mês de passeio, de sol e principalmente de ferias. O Destino predileto da maioria dos Portugueses é o Algarve.

Mas para azáfama já me basta a rotina do trabalho, das aulas e da vida. No mês do descanso, o meu destino de eleição é o interior de Portugal, a beira interior do nosso tão bonito país é uma maravilha que para muitos ainda está por descobrir.

A cada recanto, em cada espaço existe um elemento preparado para nos surpreender e deixar-nos com eternas saudades.

Nestes cantos de Portugal os nossos sentidos não tem descanso, principalmente a visão e o olfato.

Este começa a ser cada vez menos um Portugal esquecido, principalmente no verão, e ainda bem, pois ainda grandes sítios estão por descobrir.

O interior de Portugal é uma das zonas com maior diversidade de oferta, sendo por isso fácil agradar a todos, e com preços em conta.

São nossos, são Portugueses estes locais inesquecíveis, que nos fazem estar sempre a planear o próximo reencontro, e que bom que é ser Portugal.

O que é realmente importante? …

Tenho debatido muito sobre esta questão pois hoje em dia ninguém consegue negar que existe uma enorme crise de valores nas nossas sociedades. Hoje dá-se muito mais valor aos bens materiais do que aos sentimentos e relações humanas, e conseguimos ver isso em todos os telejornais e é algo que se passa em todo o mundo independente da sua cultura, religião ou tradições. As nossas crianças hoje perderam a inocência, ligações familiares, o respeito pelo outro e penso que esse é o real problemas dos adultos de hoje e até mesmo dos adultos do amanhã pois hoje já se nasce “conectado à Internet”, não é exigido nada à criança porque senão pode fazer uma birra e isso pode ser traumático e se tiver alguma atitude incorreta, todos têm de aceitar porque é uma criança e isso esta errado, as crianças aprendem por exemplo e testemunho. Esta questão é um problema real que se não for encarado e forem feitas mudanças, o ser humano que irá existir daqui a 100 anos não vai conhecer valores tão importantes como o respeitar, cuidar, AMAR e é FUNDAMENTAL continuar a transmitir este e outros valores importantes às gerações futuras e essa é uma das reais funções que todo o ser humano tem neste planeta: dar as melhores ferramentas possíveis de sobrevivência a quem fica além de nós e saber viver em comunidade, com ligações emocionais reais e fundamentais para a nossa evolução.

Eu convidava todos a fazer um pequeno gesto, uma pequena ação, um desviar 5 minutos do ecrã do smartphone e fazer algo que outra pessoa precise sem dai estar a espera de algo em troca, posso garantir que é das melhores sensações do mundo e é totalmente grátis e está disponível para todos. E muitas vezes podemos não ver que tenha feito muita diferença a nossa ação na vida da outra pessoa mas acreditem que faz, fica sempre uma pequena semente de amor que, se for cuidada pode crescer ou então ser transmitida para outras pessoas e isso multiplica amor e isso é o que os nosso dias mais necessitam.

 

P.S. – Depois deste desabafo, há um filme que vi quando era mais nova que para mim exemplificou muito este tema, que foi “Cadeia de Favores” de 2000 dirigido por Mimi Leder, e neste filme consegue-se ver que dar amor nem sempre corre bem mas vale a pena não desistir do potencial que o ser humano tem para ser melhor.

No passado Domingo aconteceu algo de que o povo português se deve envergonhar, e sobre o qual se deve refletir. O valor da abstenção para as eleições europeias foi altíssimo, quase a chegar aos 70%, o que representa um dos valores mais elevados no total dos países da união europeia, chegando mesmo até a contrariar a tendência dos outros países onde se registou um aumento dos eleitores que participaram na votação.

Este facto, não só não dignifica o nome de Portugal, como também não honra todos aqueles que há séculos lutaram para que hoje todos nós tenhamos o direito ao voto. A abstenção mostra por um lado a importância que os portugueses dão às questões europeias, mas mostram também um desconhecimento dos portugueses relativamente à importância do parlamento europeu.

A culpa destes elevados valores não podem ser imputados somente ao poder politico, cujo discurso é fraco e fora do contexto europeu, nem só à comunicação social, sendo a população a maior responsável pois deixam o seu desinteresse falar mais alto.

Cada abstenção é uma renuncia ao nosso direito, mas também dever, de escolha!

Todas estas questões levam-nos a refletir uma vez mais sobre o futuro, principalmente o nacional, onde um jogo de futebol, do qual eu também gosto, atrai mais interesse e participação do que um ato eleitoral que dura cerca de cinco minutos e que pode ditar o nosso futuro e o demais de quatrocentos milhões de pessoas!

Será este o caminho que devemos seguir?

A abstenção pelo olhar de um eleitor votante